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Diabetes Mellitus: Conheça os riscos da doença e os benefícios do Magnésio para o seu controle

Diabetes Mellitus: Conheça os riscos da doença e os benefícios do Magnésio para o seu controle

13/11/2020

Diabetes mellitus é um relevante e crescente problema de saúde que atinge pessoas em todo o mundo. Em 2015, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (415 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Se as tendências atuais persistirem, o número de indivíduos diabéticos foi projetado para ser superior a 642 milhões em 2040. No Brasil, a taxa era de aproximadamente 14,3 milhões de pessoas em 2015, proporcionando o 4º lugar no ranking de países com maior número de diabéticos (atrás somente da China, Índia e Estados Unidos). Em 2020, no Brasil estima-se haver 23,3 milhões de diabéticos.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) é o terceiro fator que mais causa mortes prematuras, superada apenas pela pressão alta e pelo uso de tabaco. Além disso, o Diabetes é responsável por 14,5% do total de mortes no mundo, e isso é maior do que a soma dos óbitos causados por doenças infecciosas (1,5 milhão por HIV/ AIDS, 1,5 milhão por tuberculose e 0,6 milhão por malária).

O Diabetes mellitus consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo. A hiperglicemia persistente está associada às complicações crônicas micro e macrovasculares, aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e aumento do risco de morte prematura. Como consequência, a doença cardiovascular é a principal causa de óbito entre as pessoas com Diabetes, sendo responsável por aproximadamente metade dessas mortes na maioria dos países.

Tradicionalmente, as complicações do Diabetes mellitus resultam em:

- Retinopatia: danos aos vasos sanguíneos da retina, o que pode comprometer gravemente a visão;

- Nefropatia: comprometimento da função renal lentamente e de forma progressiva, podendo até ocasionar a paralisação total dos rins;

- Neuropatia: tanto as alterações nos vasos sanguíneos quanto as alterações no metabolismo podem causar danos aos nervos periféricos. Isso pode levar a pessoa a sentir dor contínua e constante ou dor que surge de repente (sem uma causa aparente), sensação de queimadura, ardência, choques, agulhadas, formigamento, dor à estímulos não-dolorosos, câimbras, fraqueza ou alteração de percepção da temperatura.

- Doença coronariana: surge em consequência do processo precoce e acelerado de aterosclerose que atinge as artérias do coração, o que aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio.

- Doença cerebrovascular: também surge em consequência do processo de aterosclerose, que nesse caso, atinge as artérias do cérebro, o que aumenta o risco de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame.

- Doença arterial periférica: caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo nos membros, o que resulta, nos casos mais graves, em possíveis amputações dos pés.

O Diabetes tem sido responsabilizado, também, por contribuir para agravos, direta ou indiretamente, no sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função cognitiva e na saúde mental, além de ser associado à diversos tipos de câncer.

Essencialmente, existem dois tipos de Diabetes mellitus: tipo 1 e tipo 2. O diabetes tipo 2 corresponde a 90-95% de todos os casos. As causas do surgimento da doença são complexas e multifatoriais, envolvendo componentes genético e ambiental. Geralmente, o diabetes tipo 2 acomete pessoas a partir dos 40 anos, embora, em alguns países, tenha aumentado a incidência em crianças e jovens. Trata-se de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente esclarecida, sendo que seu aparecimento também tem contribuição significativa de fatores ambientais. Em pelo menos 80 a 90% dos casos, associa-se ao excesso de peso e a outros componentes da síndrome metabólica.

 

Por que os diabéticos costumam ter deficiência de vitaminas e minerais?

Os diabéticos costumam apresentar deficiência de alguns micronutrientes, pois urinam de forma mais frequente, possuem baixa ingestão dietética e capacidade intestinal de absorção diminuída.

Entre os minerais, uma das deficiências mais evidentes refere-se ao magnésio. O magnésio é um íon que funciona como cofator em vários sistemas enzimáticos, com o papel-chave de regular a ação da insulina e a absorção de glicose mediada pela insulina. As concentrações intracelulares reduzidas de magnésio resultam em atividade defeituosa da tirosina-quinase e agravamento da resistência à insulina em diabéticos.

Para entender um pouco mais sobre os benefícios da suplementação de magnésio em pacientes com alteração no metabolismo da glicose, acompanhe o resumo dos resultados de alguns estudos clínicos:

Em metanálise, foi observado que a suplementação de magnésio por via oral durante 4 a 16 semanas pode ser eficaz na redução das concentrações plasmáticas de glicose em jejum, além de aumentar o HDL em pacientes com Diabetes mellitus tipo 2. Em outra metanálise, na qual foram envolvidos 536.318 participantes, foi detectada associação inversa entre a ingestão de magnésio e o risco de Diabetes mellitus tipo 2. Na análise de dose-resposta, o risco relativo de Diabetes diminuiu para cada 100 mg/dia de aumento da ingestão de magnésio, o que fortalece a relação. Ainda, outra metanálise mostrou que a suplementação de magnésio por 4 meses resultou em melhora do controle glicêmico em pacientes com Diabetes mellitus tipo 2 e hipomagnesemia (carência de magnésio).  

Sobre a perda crônica de magnésio em Diabetes mellitus tipo 1 tem sido associada à polineuropatia (surge quando acontecem danos graves em vários nervos periféricos, causando sintomas como fraqueza, formigamento e dor persistente), e sua suplementação influencia favoravelmente o controle da doença. Um estudo com diabéticos tipo 1 concluiu que a suplementação de magnésio está relacionada com a redução das frações lipídicas aterogênicas, o que pode auxiliar na prevenção da aterosclerose. Outro estudo clínico que incluiu 71 pacientes com diabéticos tipo 1, concluiu que a suplementação de magnésio, na dose de 300 mg por dia, durante 3 meses, melhorou o controle glicêmico e o perfil lipídico naqueles indivíduos que apresentavam carência de magnésio.

Em função dos ótimos resultados dos estudos clínicos, tem se tornado crescente a recomendação do magnésio por parte de médicos e nutricionistas para o controle da Diabetes e melhora da qualidade de vida. Até mesmo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) recomenda o consumo de magnésio para auxílio no controle da glicemia.

Se você tem Diabetes, cuide-se! E suplemente magnésio com Magvit!